quarta-feira, novembro 24, 2004 Margarida Lozano 0 Comments

Vítima de muitas vítimas de maus tratos



Antes de ontem, quando ia a entrar na aula de filosofia deparo-me com a minha colega um pouco em baixo, sentei-me ao pé dela e perguntei o que se passava. Ela sem dizer uma única palavra mostrou-me o canto do olho que estava completamente negro, com marcas no nariz e na testa e com feridas no lábio superior, para não falar das nódoas negras que devem estar espalhadas pelo corpo todo. Eu fiquei parva. Mais doloroso foi ter de ouvir que o autor do estado lastimável dela foi o próprio pai! Eu não vos digo que lhe bateu, vou pronunciar mais a palavra espancar (palavra bastante certa). Disse-me também que para além de a ter espancado também a insultou (chamando-lhe os possíveis nomes que vocês possam imaginar) e cuspiu-lhe, mesmo á frente do namorado – que estaria em choque com o que viu – sem este ter possibilidade de dar uma valente tareia ao pai dela por respeito. Uma autentica besta, que até pausa fez para acender um cigarro e bater-lhe outra vez. A razão pelo qual o pai teve tal atitude foi ao vê-la, com o namorado no quarto (dela), quase nua. E isso é razão para espanca-la? O mais correcto seria ter uma conversa civilizada e séria. Para ela a queixa na policia estava fora de questão, afinal de contas é pai dela.
Mas esta não é a 1ª vez que a minha colega (com quase 20 anos, que vai fazer amanhã) leva do próprio pai. Ás vezes até é com cintos e paus.
Sinto-me impotente porque não posso fazer nada para além de consola-la. Não está certo ela viver assim... Nem ela nem ninguém.

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